Comissão de Intervenção apresenta prestação de contas e mostra avanços positivos na administração da Santa Casa

A intervenção na Santa Casa teve início em 19 de outubro, visando evitar a paralisação dos atendimentos essenciais à população goioerense. Os números apresentados revelam avanços significativos, especialmente no que diz respeito ao atendimento à comunidade

Os representantes da Comissão de Intervenção, que assumiram a administração da Santa Casa de Goioerê nos últimos 90 dias, realizaram uma prestação de contas detalhada com profissionais da saúde e membros da imprensa para apresentar as ações executadas no hospital durante o período.
A intervenção na Santa Casa teve início em 19 de outubro, visando evitar a paralisação dos atendimentos essenciais à população goioerense. Os números apresentados revelam avanços significativos, especialmente no que diz respeito ao atendimento à comunidade.
Thiago Faquineti, que liderou a comissão de intervenção, destacou como uma das principais medidas a contratação do Instituto Santa Clara para gerir as escalas médicas. Essa iniciativa assegurou a presença constante de profissionais no hospital, incluindo médico diretor clínico, médico na clínica médica, pediatra, obstetra, equipe de cirurgia geral, equipe de cirurgia ortopédica e traumatológica, equipe de anestesia e médico intensivista. Ao todo, 25 profissionais revezaram-se em plantões para garantir atendimento a pacientes de toda a região.
Durante o período da intervenção, foram realizadas 163 cirurgias eletivas gerais, 106 procedimentos de urgência e, até 15 de janeiro, 87 partos. Esses números representam um aumento expressivo em relação aos meses anteriores.
Além do foco nas atividades clínicas, a comissão implementou diversas ações administrativas para facilitar e organizar os atendimentos no hospital. Também foram destacadas iniciativas para redução de custos e ampliação da receita da Santa Casa.
A secretária de Saúde, Gabriela Martins, resumiu o trabalho desenvolvido nos últimos três meses, destacando que a ausência de uma gestão administrativa adequada resultou em descontinuidade de programas estaduais e ministeriais, baixo teto de emendas parlamentares, contratos irregulares, déficit financeiro, ausência de custo setorizado, baixa produção hospitalar e faturamento reduzido no hospital.
Gabriela enfatizou que a comissão de intervenção apresentou sugestões à nova diretoria para a implementação de uma gestão hospitalar profissionalizada, visando maior captação de recursos através de agentes políticos, aumento do valor médio da AIH, venda de serviços aos entes federativos e ampliação de procedimentos de alta complexidade para aumentar as receitas.
"Foi um trabalho árduo de toda a equipe, mas que resultou em grandes avanços positivos. A partir de agora, a Prefeitura não tem mais competência administrativa da Santa Casa que passar ser exclusivamente da nova diretoria eleita na última segunda-feira”, concluiu a secretária.